quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Alguma coisa sobre se apaixonar




Eu nunca entendi muito bem como as pessoas começam a amar e se apaixonar umas pelas outras. Mas o mais difícil pra mim foi entender como é que acaba o amor, o sentimento bom, aquela coisa recíproca que existe entre os casais. Isso sempre ficou martelando na minha cabeça. Até que um dia eu comecei a perceber que certas coisas são criadas sem manuais e sem explicações. Na cabeça de uma criança inocente e ingênua, talvez, mesmo com a dúvida e as centenas de perguntas que navegam nesse oceano chamado mente, a questão pode ser absorvida com mais facilidade, acreditem. 

Quando eu tinha meus dez anos era fácil assistir novelas e ver os casais terminando e arranjando outras pessoas, e, no fim, num passe de mágica, o final feliz. Mas depois de algumas velas apagadas a gente começa a olhar a coisa com outros olhos. Os julgamentos, por exemplo, coisa que começa no nosso próprio eu. Ah, o julgamento dos outros também, que raiva que dá na gente né? Mas não tem como fugir de algo assim.

E um belo dia você se vê no meio da questão, no meio da história, e com mil olhos sobre você. O que parecia ser coisa de cinema, coisa que só acontece com os outros e num estado bem longe, agora é a sua realidade e a sua história. E você se pergunta o que fez pra essa coisa de paixão dar tão errado na sua vida. Não bastasse o povinho medíocre e indiscreto das redes sociais, agora até seus amigos e sua família tentando saber e te explicar certos porquês. Mas faz parte do jogo.

Depois que deixa de estar quente, que já é matéria fria, você começa a fazer o que deveria ter feito desde o início: pensar. Isso mesmo, pensar. Porque quando as pessoas entram nesse lance de se apaixonar elas costumam NÃO PENSAR. Que coisa feia. Eu deixei de pensar por alguns instantes, e, olha, foi decisivo. E depois passa a não valer à pena e você quer jogar tudo pro ar, e voltar atrás e buuum, você percebe que a vida não é uma máquina do tempo.

Você se arrepende, chora, quer outra vez, não quer mais, e pensa e despensa. E muda de ideia, de conceito, de cara, muda de alguma coisa, pra no fim você saber que seria assim de qualquer forma. Pra saber que com todo mundo é assim, e que não existem privilegiados. Que a vida é pra todos, e que viver também. E que independente das escolhas que você faça, certas coisas teriam que acontecer. Afinal, você precisa aprender, e se esforçar, e refazer o dever de casa, pra que, um dia, você se aperfeiçoe e aprenda pelo menos alguma coisa. Pra no fim você pelo menos dizer que a escolha foi SUA e de mais ninguém.

Talvez isso não seja tudo, ou não seja a melhor alternativa pra se viver ou sobreviver na vida, mas saiba, é assim que funciona e é assim que é.

5 comentários:

  1. Seu blog é demais, amei.

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  2. Vc realmente se tornou um 'mulher' muito melhor do que eu imaginava, quando a gnt estudava junto sempre lhe achei um pouco 'doidinha'.
    Suas histórias sempre tem um pouco da menina que eu conheci, mas ainda sinto falta do seu humor...
    Vc ganhou leitor fiel e chato...

    Sucesso e que todos os dias tenha um texto novo... o/

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    1. Rsrsrs, vou lembrar desse "humor" na hora de escrever minhas crônicas, quem sabe eu não consigo fazer uma coisa mais comédia e menos deprê, hehehehe... E mais uma vez obrigada por ler meus textos, me sinto realmente honrada e até importante por alguém perder uns minutos do dia pra ler o que eu escrevo. Bjsss :)

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    1. Muito obrigada Márcio! Adorei sua visita e seu comentário... Bjs :)))

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